De acordo com o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024, divulgado em janeiro, as cidades de Feijó e Santa Rosa do Purus, localizadas no Acre, estão entre as 20 com a pior qualidade de vida no país. O estudo, que avaliou todos os 5.570 municípios brasileiros, foca em condições básicas de vida, acesso a serviços essenciais e bem-estar da população.
Feijó ocupa a 16a posição no ranking nacional, com um índice de 43,11/100, enquanto Santa Rosa do Purus aparece logo em seguida, com 43,78/100. O destaque negativo vai para Uiramutã, em Roraima, com a pior pontuação do Brasil, 37,63/100.
O Acre também enfrenta um desafio estadual, ocupando a segunda pior posição entre os estados da Amazônia Legal, com um índice de 55,31/100, superando apenas o Pará, que registrou 53,20/100. O ranking dos estados da região é encabeçado pelo Mato Grosso, com 60,15/100.
Os principais problemas identificados pelo IPS nas cidades acreanas são a baixa cobertura de saneamento básico, dificuldades no acesso à saúde e educação, altos índices de pobreza e desigualdade social, além de infraestrutura precária e desafios no transporte. Esses obstáculos são historicamente agravados pelo isolamento geográfico, que impede investimentos e dificulta o acesso da população a serviços públicos essenciais.
O estudo ressalta que o progresso social não depende exclusivamente da performance econômica e que é possível melhorar o IPS mesmo com um PIB per capita baixo, através de políticas públicas eficientes. Para o Acre, são sugeridos investimentos prioritários em saneamento básico, infraestrutura e transporte, educação e saúde pública, além de incentivar modelos sustentáveis de desenvolvimento econômico.