Segundo um estudo realizado pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Ministério Público do Acre (MPAC), as mulheres que não possuem uma ocupação profissional, ou seja, dedicam-se exclusivamente ao cuidado do lar, são a maioria das vítimas de feminicídio no estado. Entre o ano de 2018 e janeiro de 2024, 71 casos de femínicídio foram registrados. Desses, 21 foram praticados contra donas de casa — quase 30% do total.
A lista segue com as mulheres estudantes (10 casos); autônomas (6), agricultoras (4) e empregadas domésticas (3). Além disso, uma mulher de cada ocupação seguinte foi morta nesse período: aposentada, artista de rua, assistente administrativo, assistente legislativo, atendente, bancária, cantora, corretora de seguros, diarista, gerente de restaurante, manicure, office girl, monitora escolar, vendedora e profissional do sexo. Mais 12 casos não tiveram as profissões informadas.
Por fim, do total de feminicídios consumados no Acre no período analisado, 72% foram praticados contra mulheres com filhos, deixando 118 órfãos por parte de mãe no total. Por outro lado, 21% das mulheres não tinham filhos e 7% dos casos não constam essa informação. Ademais, em 1/3 dos 71 registros de feminicídios registrados os filhos presenciaram o crime.