O Vaticano divulgou nesta terça-feira (22) as primeiras imagens do corpo do papa Francisco no caixão, disposto na residência Casa Santa Marta. Mais do que o início de um ritual fúnebre, o momento marca a concretização de um desejo expressado em vida: uma despedida marcada pela simplicidade.
Ao longo de seu pontificado, Francisco ficou conhecido por seu estilo de vida austero e por sua preferência pelos humildes. Não foi diferente ao planejar o próprio funeral. Em seu testamento, tornado público nesta tarde, o pontífice determinou que fosse enterrado “no chão, sem decoração especial”, com apenas a inscrição de seu nome papal em latim: Franciscus.
Diferente de seus antecessores, que tradicionalmente eram sepultados em três caixões — de cipreste, chumbo e carvalho —, Francisco optou por apenas dois: um de zinco, contido em outro de madeira. A escolha rompe com séculos de tradição e reforça a mensagem de despojamento que marcou sua trajetória na liderança da Igreja Católica.
O corpo do papa foi preparado para o velório ainda na Casa Santa Marta, residência simples escolhida por ele em 2013, ao recusar o luxo do Palácio Apostólico. A cerimônia será dividida em três estações principais, com três dias de velório público, permitindo que fiéis do mundo inteiro prestem suas homenagens.
O funeral será realizado no próximo sábado (26), às 10h no horário local (5h em Brasília), na Basílica de São Pedro. Até lá, o Vaticano se prepara para receber milhares de pessoas que desejam se despedir de um papa que, até o fim, escolheu a humildade como legado.




