Uma operação da Polícia Militar do Acre resultou no desmantelamento de um cativeiro e na prisão de seis pessoas, entre elas um dos principais nomes do Comando Vermelho no estado. A ação aconteceu na noite de sábado (3), após a corporação receber denúncias sobre gritos de socorro vindos de uma residência localizada no ramal Benfica, em Rio Branco.
No local, os policiais encontraram Wellison Júlio da Silva, de 28 anos, mantido refém sob ameaça de execução. A vítima implorava por sua vida, afirmando ser inocente de um suposto roubo. De acordo com a investigação, ele teria sido capturado mais cedo naquele dia, após ser acusado informalmente de participação em um crime cometido na noite anterior.
A abordagem da PM ocorreu após escutarem os gritos vindos da casa. O proprietário do imóvel, Nathan Feitosa Machado, de 26 anos, demonstrou nervosismo ao atender os agentes. Durante a revista, a polícia encontrou Pitter Santos de Souza, conhecido como “Nego Pitter” ou “Dubai”, apontado como liderança da facção criminosa no estado. Ele tentou se livrar da arma que portava, uma pistola, e fugir, mas foi contido pela guarnição.
Além de Nathan e Pitter, também foram presos Marcos Soares Castro (37), John Max da Silva Barros (29) e Joel da Silva Nepomuceno de Almeida (24). Todos possuem envolvimento com o Comando Vermelho e, segundo a PM, atuam em diferentes regiões da capital.
A motivação do crime estaria relacionada a um assalto à residência de Nathan, ocorrido na noite anterior. Homens encapuzados teriam invadido o local, feito a família refém e levado joias, dinheiro e uma arma. Nathan, então, teria decidido agir por conta própria, organizando o sequestro de Wellison como forma de retaliação.
Durante a operação, foram apreendidas duas armas de fogo: uma pistola Glock G17 calibre 9mm, de origem estrangeira, e uma pistola Taurus calibre .380.
Todos os envolvidos foram conduzidos à Delegacia Central de Flagrantes e responderão por sequestro, cárcere privado, posse ilegal de arma e associação criminosa.
A Polícia Militar destacou que a ação só foi possível graças à colaboração da população e considerou a operação um golpe importante contra o crime organizado na capital acreana.