Apesar do avanço expressivo da soja em diversos estados da Amazônia Legal, o Acre segue fora da rota de expansão da cultura. De acordo com dados recentes divulgados pela empresa de inteligência territorial SpectraX, a área plantada com soja cresceu 20,7% na região amazônica para a safra 2024/2025, ocupando principalmente áreas anteriormente destinadas a pastagens degradadas.
Esse crescimento é puxado principalmente por estados como Mato Grosso, Pará e Rondônia, onde o agronegócio tem ampliado fronteiras e investido na conversão de terras para o cultivo de grãos. Por outro lado, Acre, Amazonas e Amapá não apresentaram nenhum acréscimo nas áreas de produção de soja, mantendo os mesmos patamares das safras anteriores.
O dado reforça a posição do Acre como um estado ainda distante das tendências de crescimento que marcam o agronegócio regional, especialmente no que diz respeito à sojicultura, que vem se consolidando como motor econômico em outras partes da Amazônia.
O municipio de Capixaba, no interior do Acre, tem uma das maiores produções da leguminosa no estado.
Apesar de o Acre ter ficado de fora expansão da soja na Amazônia, o produto foi o mais exportado em 2024, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional brasileira de Promoção de Exportação de Investimentos (ApexBrasil).
O valor das vendas externas do grão alcançou mais de U$ 21 milhões.
À época, o presidente da Apex, Jorge Viana, via o cenário de 2025 com otimismo, mas disse que a questão das mudanças climáticas poderia prejudicar a produção do grão.
“Tudo isso depende de chuva, de seca, e nós temos que tomar muito cuidado e adotar políticas de prevenção e de proteção para quem trabalha e produz a agropecuária acreana”, enfatizou.


