O Acre registrou um crescimento expressivo no número de armas de fogo em circulação nos últimos sete anos. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado na última quinta-feira (24), o total de registros ativos no estado passou de 8.520, em 2017, para 23.175 em 2024, uma alta de 172%.
Entre 2023 e 2024, o aumento foi de 7,3%, com 1.577 novos registros cadastrados no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. O estado acompanha uma tendência nacional, já que em todo o Brasil, os registros de posse saltaram de 637 mil em 2017 para mais de 2,1 milhões em 2024, uma variação de 237,8%.
O avanço mais acentuado no Acre ocorreu entre os anos de 2020 e 2021, quando os registros subiram de 12.931 para 15.778, o que representa um crescimento de mais de 22% em apenas um ano. Em contrapartida, o número mais baixo do período foi registrado em 2018, com 5.865 armas ativas.
Apreensões de armas
Na contramão ao aumento no número de registros, o estado teve uma queda de 7,3% nas apreensões de armas feitas pelas forças estaduais entre 2023 e 2024. O total caiu de 624 para 581 apreensões, segundo levantamento, que considera dados das secretarias estaduais de segurança pública.
Apesar da redução, o Acre segue entre os estados com maior taxa proporcional de apreensão: foram 66 armas recolhidas por 100 mil habitantes em 2024. No ano anterior, a taxa havia sido ainda mais alta, de 71,2. Em todo o país, as apreensões estaduais recuaram 3,6%.
Já a Polícia Federal apresentou movimento contrário no Acre. Em 2024, a corporação apreendeu 49 armas no estado, um aumento de 32,4% em relação ao ano anterior, quando foram recolhidas 37 armas.



