Durante participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada no último fim de semana em Miami, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou estar “100% pronto” para entrar na corrida presidencial de 2026, caso receba o aval de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A declaração foi feita em entrevista ao influenciador bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido da Justiça brasileira. Na conversa, Eduardo afirmou que, para o cenário político ser favorável à candidatura — dele ou do pai —, os Estados Unidos precisariam impor sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Quando o Congresso estiver livre das garras do Moraes, a gente vai ter condições de reagir. Se meu pai não puder, e me der a missão, estou preparado”, disse Eduardo. O parlamentar acredita que as sanções, se implementadas, abririam caminho para uma anistia aos aliados de Jair Bolsonaro e poderiam favorecer a viabilidade política de sua candidatura.
O deputado, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, tem feito articulações junto a parlamentares americanos e organizações conservadoras. Segundo ele, o processo para sancionar o ministro do STF já estaria pronto, mas foi postergado por causa das prioridades diplomáticas norte-americanas, especialmente diante do conflito entre Israel e Irã.
Eduardo também criticou recentes decisões do Judiciário brasileiro, incluindo a responsabilização de redes sociais por conteúdos de usuários. Para ele, a medida representa uma “censura institucionalizada nos moldes da China” e seria reflexo da atuação de Moraes no STF. “Se ele tivesse sido sancionado antes, isso não estaria acontecendo”, afirmou.