No Dia Internacional da Superdotação, celebrado neste domingo, 10, o pintor Francisco Gilson Alves de Oliveira, conhecido em Cruzeiro do Sul como “Chiquinho”, compartilhou sua história de vida e de talento artístico. Há 28 anos, ele transforma muros, roupas e telas em obras de arte, trabalhando com pintura visual, painéis e letras.
O interesse pela arte começou ainda na infância, dentro da escola. “Minha professora gostava dos meus desenhos e me pedia para fazer trabalhos. Aos poucos, colegas começaram a me procurar e percebi que poderia ganhar dinheiro com isso”, relembra Chiquinho.
Sua trajetória profissional passou por diversas fases: pintura em roupas, tatuagem, pintura em tela e, mais tarde, murais. Hoje, mantém uma clientela fiel, mesmo enfrentando dificuldades comuns à profissão. “Não é que não dê para viver da arte, mas nem todos valorizam o trabalho. Eu faço por amor e respeito ao cliente, mas sem desvalorizar o que faço”, afirma.

O pintor também conta que o talento ajudou a superar desafios pessoais, como problemas de visão e episódios de bullying na infância. “Comecei a prestar menos atenção no meu defeito e mais no meu trabalho. Isso mudou minha vida”, disse.
Pai de um menino de 6 anos, diagnosticado com autismo, Chiquinho já percebe sinais de habilidade artística no filho. “Ele é muito inteligente, aprende rápido e já começou a desenhar. Não sei se vai seguir o mesmo caminho, mas é algo que me lembra muito de mim quando criança.”
A história de Chiquinho representa não apenas o talento individual, mas também o desafio que muitos artistas com altas habilidades enfrentam para conquistar reconhecimento e valorização na sociedade.


