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‘Careca do INSS’ é preso pela Polícia Federal em operação contra fraudes no INSS

Por Redação Juruá em Tempo.12 de setembro de 20252 Minutos de Leitura
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A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira, 12, o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o ‘Careca do INSS’, em um desdobramento do inquérito que apura fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O empresário Maurício Camisotti também foi preso.

Ambos são apontados como os principais personagens nos desvios de valores de aposentados, que provocou rombos acima dos R$ 6 bilhões ao INSS. Batizada de Operação Cambota, a ação cumpre seis mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e sete mandados em São Paulo.

De acordo com a PF, a operação apura os crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.

Antunes foi preso em Brasília e logo foi levado para a Superintendência da PF na capital federal. Na casa dele, foram encontrados relógios, uma Ferrari e uma réplica de carro de Fórmula 1.

Já Camisotti foi preso em São Paulo e deve prestar depoimento aos investigadores nas próximas horas. A PF ainda cumpre mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, onde foram apreendidas diversas obras de arte.

Relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam que Willians movimentou R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2023, o que foram classificadas pelo órgão suspeitas. A defesa do advogado defende que as transações foram feitas para a compra de uma mansão, demolida por ele, ao lado de sua residência no Jardim Europa, em São Paulo.

Camisotti e Antunes foram convocados para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS e devem prestar depoimentos na semana que vem. Na quinta-feira, 11, o colegiado já havia pedido a derrubada do sigilo fiscal e bancário da dupla.

A IstoÉ tenta contato com as defesas de Maurício Camisotti e de Antônio Camilo Antunes. Em nota, a defesa de Nelson Willians afirmou que colabora com as investigações e que sua relação com os citados é apenas profissional.

Por: Isto É.
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