Apesar de as recentes chuvas na região do Alto Acre que podem causar uma pequena elevação no nível do rio Acre, a situação de seca em Rio Branco é considerada severa. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Coronel Falcão, a seca já afeta mais de 60 mil pessoas somente na zona rural do município.
Segundo o Coronel, o nível do Rio Acre pode aumentar nos próximos dias. Isso porque chuvas recentes em cidades como Brasileia, onde o rio subiu 40 cm, e Xapuri, com aumento de 68 cm, tendem a influenciar o fluxo de água que chega à capital.
Embora a capital tenha registrado estabilização do nível do rio em 1,77 metro, a tendência é de aumento/Foto: Reprodução
“Com mais 48 horas, aproximadamente, essa água acaba chegando aqui na nossa região”, explicou o Coronel. No entanto, ele não acredita que a elevação ultrapasse a marca dos dois metros, como ocorreu em agosto, quando o rio atingiu 1,98 m.
A seca é sentida de forma mais intensa na zona rural, onde 73 comunidades foram catalogadas em situação de emergência. A estimativa é de que 60 mil pessoas enfrentem dificuldades relacionadas ao abastecimento de água, perdas na produção, principalmente na piscicultura, e problemas de navegação.
Na zona rural, cerca de 60 mil pessoas em 73 comunidades estão em situação de emergênciaFoto: Reprodução
Na zona urbana, o impacto também é significativo, principalmente nos bairros de parte alta, que têm mais dificuldade no abastecimento de água. O Coronel Falcão ressalta que o controle desses prejuízos urbanos é feito pelo SAERB, pois a seca impacta diretamente a captação de água na cidade.
A Defesa Civil prevê que a situação de seca só deve começar a arrefecer no final de novembro. O Coronel explica que o solo precisa de dias e dias de chuvas constantes para ficar saturado e, só então, permitir que igarapés e poços se encham novamente.
Coronel Falcão confirmou que a seca em Rio Branco é considerada severa/Foto: Rede Amazônica/Júnior Andrade
Por conta dos extensos prejuízos já registrados, a seca foi classificada como severa. “Nós estamos assim desde maio em um período de seca, diminuindo as chuvas”, ressaltou o Coronel, que explicou que a situação se agravou em junho e julho e chegou a um ponto mais crítico em agosto e setembro.

