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Vazamentos, desvios e infraestrutura precária: o que está por trás da perda de até 80% da água tratada de municípios

Por Redação Juruá em Tempo.29 de outubro de 20256 Minutos de Leitura
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Em muitos municípios brasileiros, o desperdício de água tratada supera 80% da produção total, conforme mostra o novo estudo “Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas”, do Instituto Trata Brasil. O problema, apontam especialistas, é duplo: de um lado, há ineficiência técnica e econômica nas redes de distribuição, marcadas por vazamentos, desvios e infraestrutura precária; de outro, falta planejamento e investimento contínuo para reverter o quadro.

De acordo como levantamento, o Brasil desperdiça em média 40,3% da água tratada antes que ela chegue às torneiras da população. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) indicam perdas colossais em volume: 7,257 bilhões de metros cúbicos de água tratada foram perdidos em 2023, o equivalente a quase três bilhões de piscinas olímpicas cheias. Essa quantidade seria suficiente para cobrir toda a demanda adicional de água projetada para as próximas décadas, sem necessidade de ampliar a captação em mananciais já pressionados.

— Do total perdido, 60% ocorrem por vazamentos, sejam eles ocultos, sob o pavimento, ou visíveis nas ruas; o resto está ligado a furtos e erros de medição. É uma ineficiência estrutural que faz com que o Brasil precise muito mais de água do que realmente precisa. Reduzir essas perdas é essencial para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda e evitar que a população enfrente situações de escassez cada vez mais frequentes — afirma Luana Pretto, presidente executiva do Trata Brasil.

Para atender à demanda projetada de 17,2 bilhões de m³ em 2050 — um aumento de 59,3% em relação a 2023 —, o estudo indica que o país vai precisar acelerar o processo de racionalização e reduzir drasticamente o desperdício. Nesse cenário, o novo Marco do Saneamento estabeleceu uma meta ambiciosa de limitar as perdas a 25% até 2033.

Entre as cidades brasileiras que conseguiram avançar de forma consistente na eficiência do uso da água, Campinas e Goiânia, afirma Luana, destacam-se como modelos de gestão. Segundo a especialista, em ambas, o crescimento da população foi acompanhado por planejamento de longo prazo e investimentos contínuos na redução de perdas.

— Em Goiânia, no Centro-Oeste, a escassez hídrica impôs a necessidade de adaptação diante das secas e ondas de calor. Já em Campinas, onde há forte disputa pelo uso da água na bacia do PCJ (em referência aos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), a busca por eficiência evitou a necessidade de ampliar a captação. A população cresceu, mas o volume retirado do rio diminuiu, resultado de um planejamento integrado e sustentável — disse a presidente do instituto.

Consumo em alta

 

Em São Paulo, onde o desperdício de água agrava a seca provocada pela mudança climática, o governo do estado anunciou na última sexta-feira um plano de contingência para o abastecimento de água diante do risco de uma nova crise hídrica. O programa estabelece sete faixas de monitoramento dos reservatórios, com diferentes medidas para cada uma delas — que vão desde a redução de pressão por até 16 horas diárias até a exploração do volume morto das represas e, em um cenário extremo, o rodízio de abastecimento.

O levantamento também projeta um aumento potencial no consumo residencial de até 59,3% nos próximos 27 anos, exigindo uma expansão maciça da oferta e cortes drásticos nas perdas para evitar o colapso do sistema brasileiro.

As projeções mais aceleradas, vinculadas ao crescimento do PIB per capita de 2,7% ao ano, indicam que o país precisará entregar 7,249 milhões de metros cúbicos de água a mais em 2050 do que foi fornecido em 2023. Isso exigiria uma taxa de expansão da oferta de, no mínimo, 2,0% anualmente ao longo do período.

A análise, que empregou uma modelagem com dados dos 5.570 municípios brasileiros entre 2008 e 2023, indica que, no plano socioeconômico, a renda per capita e o grau de urbanização despontam como impulsionadores do consumo per capita de água. O estudo observou que a demanda aumenta conforme a renda da população cresce.

De modo semelhante, quanto mais urbanizada é uma cidade, maior é o consumo diário por pessoa, com uma alta estimada de 0,96% a cada ponto percentual de aumento na população urbana. A análise também concluiu que o preço da tarifa tem pouca capacidade de inibir a demanda.

Risco de racionamento

 

O clima, por sua vez, interfere de forma decisiva: a cada grau Celsius a mais na temperatura máxima, a demanda por água sobe 24,9%. O aumento da amplitude térmica também eleva o consumo per capita, além da umidade relativa do ar, que interfere positivamente, ampliando a demanda em 3,6% a cada ponto percentual.

As projeções de mudanças climáticas até 2050 acrescentam um desafio ainda maior, já que a elevação esperada nas temperaturas (cerca de 1ºC na máxima e 0,47ºC na mínima) deve elevar o consumo de água em 12,4% a mais do que o crescimento causado por fatores econômicos e demográficos. Este incremento, associado apenas ao clima, soma 2,113 bilhões de m³ por ano.

— O cenário é caótico porque a tendência é a gente viver cada vez mais episódios de crises hídricas, em que a gente passa a ter rodízios de fornecimento de água. Já vimos e continuamos a ver isso em diferentes regiões e, por conta desses eventos climáticos extremos — alerta a presidente executiva do Trata Brasil.

Segundo o levantamento, o panorama climático não apenas aumenta o consumo, mas ameaça a própria oferta: as tendências indicam uma restrição média de 3,4% na disponibilidade de água ao longo do ano, devido ao aumento das temperaturas e à perspectiva de menos dias de chuva.

Diante desse quadro, o risco de racionamento paira sobre o país, com a média nacional podendo atingir cerca de 12 dias sem água por ano. Em áreas com menor volume de chuvas, como partes do Nordeste e Centro-Oeste, o racionamento pode superar 30 dias.

— Na Região Nordeste, apenas 75% da população têm acesso à água tratada. Com as mudanças climáticas, essa dificuldade de receber água em casa se intensifica. Portanto, é urgente uma gestão hídrica eficiente que possa servir para mitigar os efeitos desses eventos climáticos extremos no sistema de distribuição de água — defende Luana.

Por: O Globo.
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