Você é mãe de Eva, Benício e Joaquim. Enxerga diferença em educar meninos e meninas? Como criar meninos melhores?
Tem todo um mundo machista empurrando eles. Apesar de estar melhor, é histórico, não dá para tirar de uma hora para a outra. É uma briga diária. Eva me ajuda a educar os meninos. Falo: “Não fala assim com ela”. Eles: “E essa saia curta?”. Deixa ela usar a saia curta! Menino tem a coisa de cuidar da irmã também. Fico tentando educar eles assim. Com namorada também. Falo: “Dá flor, liga”. Fico do lado da namorada se tiver alguma coisa que não acho legal. Costumo conversar tudo com Eva dentro da idade, apesar de que, nas redes sociais, ela acabar vendo coisas que nem deveria ouvir. Ela fala mais comigo; os meninos, mais com o pai, tem mais intimidade. Confesso que estou muito assustada com a adolescência nesse mundo hoje. É tudo muito novo, não tem manual.
Recentemente teve o episódio da exposição do namoro do seu filho, Benicio. Como isso impactou a família?
A gente sempre conversou de tudo. Lá em casa foi tudo orgânico. Fico atenta, mas não me meto na vida deles. Ele namora que ele quiser. Todos os meus filhos. Eles são livres. A gente está sempre ali. Voltou pra casa, a gente vai acolher. A gente já conversava sobre todos esses assuntos, já que estão ficando mais expostos. Quando aconteceu, em algum lugar teve um: “Falei que isso ia acontecer”. É horrível quando mãe fala isso, mas a gente fala. Porque acontece mesmo. Mas foi tudo leve.
A opinião pública ficou mais nervosa do que a gente dentro da nossa casa. Tudo estava sendo conversado, a gente estava dentro dessa história há muito tempo. Vivendo, lidando com essa situação há quase um ano. Aconteceu. Tudo é lição.