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terça-feira, abril 23, 2024

Criança de 1 ano morre após dar entrada em estado grave no Pronto Socorro de Rio Branco

Por redação.

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Uma criança de apenas um ano morreu, na manhã deste domingo (26), quando recebia atendimento de urgência no Pronto Socorro de Rio Branco. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas, se for atestado que a criança morreu de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com essa morte serão 11 óbitos pela doença no Acre.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que a criança era do sexo masculino e primeiramente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento Franco Silva, que fica no bairro Sobral, em Rio Branco, com sinais de perda de consciência, esforço respiratório associado a desidratação grave e hipoglicemia.

Devido à gravidade do paciente, ele foi transferido em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Pronto Socorro de Rio Branco. Durante o transporte, o menino teve uma parada cardiorrespiratória. Já dentro do PS, os médicos tentaram reanimar a criança por 35 minutos, mas o menino acabou morrendo.

A Sesacre informou ainda que uma equipe de assistentes sociais do estado entrou em contato com o município para prestar assistência oferecendo auxílio funerário à família.

Saúde confirma mais uma morte de criança  — Foto: Ágatha Lima/Rede Amazônica Acre

Mortes de crianças no AC

O estado do Acre vem enfrentando o aumento das internações de crianças com síndrome respiratórias graves e mortes pela doença. No último dia 14, a Sesacre havia confirmado a décima morte por síndrome respiratória grave.

A vítima foi uma menina de 1 ano, que deu entrada no dia 13 e morreu no mesmo dia. Segundo a Sesacre, a morte da menina foi causada pelo choque séptico refratário por pneumonia.

Ela deu entrada no PS e foi transferida para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC). “Chegando lá já com pupilas dilatadas e em parada”, disse nota.

Esse aumento dos casos expôs a falta de estrutura dos hospitais para atender crianças, já que o pronto-socorro é a referência para atendimentos graves na capital.

Negligência

Pais das crianças que morreram com a doença acusam o estado de negligência e denunciam falta de estrutura e medicamentos nessas unidades. Por isso, no dia 10, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) fez uma fiscalização no PS.

Uma das principais irregularidades encontradas, segundo o conselho, foi com relação ao local de atendimento da pediatria, que, segundo o investigação, não havia um consultório e, por isso, as crianças eram atendidas no corredor da unidade.

Pacientes transferidos

Em meio a tudo isso, o governo decidiu transferir as instalações e pacientes do Hospital da Criança de Rio Branco para o prédio do Into-AC. A transferência de 63 crianças ocorreu no dia 11.

Com as mortes, o problema de leitos e falta de estrutura do Hospital da Criança ficou mais evidente. Com apenas nove leitos de UTI na unidade, que é referência para o atendimento pediátrico no estado, as crianças estavam morrendo sendo atendidas no PS da capital e algumas acabaram morrendo à espera de transferência. Como foi o caso do pequeno Théo Dantas, de 10 meses.

Com a reforma no Hospital da Criança e transferência das instalações, os atendimentos pediátricos passam para o Into, não só os casos de síndromes respiratórias. No entanto, segundo a Sesacre, os pais que tiverem com crianças doentes devem primeiro procurar a Unidade de Pronto Atendimento do Segundo Distrito ou, no casos mais graves, o PS, e depois os pacientes serão remanejados ao Into, caso seja solicitado pelo médico.

Ao todo, o Into deve contar com 100 leitos pediátricos, ou seja, 37 a mais que no Hospital da Criança. O governo não divulgou a quantidade exata de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria pediátricos que serão instalados.

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