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sexta-feira, outubro 11, 2024

Após 10 anos, Palmeiras não deve ter Crefisa na camisa em 2025

Por ge.

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A presidente Leila Pereira diz que o Palmeiras deve encaminhar até o início de outubro quais marcas vão patrocinar o uniforme do time masculino a partir de 2025. A tendência é que Crefisa e Faculdade das Américas, empresas da dirigente, não estejam estampadas na camisa alviverde após dez anos.

Durante o evento de lançamento da sua candidatura à reeleição, Leila não quis abrir valores. O ge, porém, apurou que a meta é buscar em torno de R$ 150 milhões com novos parceiros, sem o acordo de exclusividade, como é com as atuais patrocinadoras.

Leila Pereira no lançamento da candidatura à reeleição no Palmeiras — Foto: Thiago Ferri
Leila Pereira no lançamento da candidatura à reeleição no Palmeiras — Foto: Thiago Ferri

Isto pode trazer um aumento significativo ao Palmeiras, que recebe R$ 81 milhões fixos do contrato com a Crefisa e Faculdade das Américas, podendo chegar a R$ 120 milhões com bônus por conquistas.

O valor é aplicado desde 2019 e foi mantido sem reajuste na renovação de 2021 para todas as áreas do uniforme.

O departamento de marketing já está terminando o período de concorrência das marcas que desejam patrocinar o clube. Nomes dos interessados são mantidos em sigilo. Para chegar nos R$ 150 milhões, a ideia do Verdão é buscar diferentes empresas para todas as áreas disponíveis no uniforme.

Por contrato, Crefisa e FAM podem cobrir o que for ofertado, mas a sinalização é de que as empresas não devem ficar nem com áreas menores do uniforme.

– Meu diretor de marketing (Everaldo Coelho da Silva) está no mercado, buscando parceiros. Daqui uns 10 dias isso vai estar resolvido com relação a valores. E aí se a Crefisa decidir cobrir a proposta, vou submeter o meu valor para o Conselho de Orientação e Fiscalização, porque eu não posso, eu presidente do Palmeiras, aceitar uma proposta da Crefisa – declarou Leila.

Camisa do Palmeiras após a renovação dos contratos com Crefisa e FAM — Foto: Fabio Menotti
Camisa do Palmeiras após a renovação dos contratos com Crefisa e FAM — Foto: Fabio Menotti

A decisão de levar a proposta ao COF se dá pelo fato de Leila ser presidente do Palmeiras e da Crefisa e FAM. Essa relação é o ponto que opositores entendem gerar o maior conflito de interesses desta gestão.

Amanda Gutierres comemora gol do Palmeiras contra o Corinthians pela semifinal do Brasileiro Feminino — Foto: Staff Images / CBF
Amanda Gutierres comemora gol do Palmeiras contra o Corinthians pela semifinal do Brasileiro Feminino — Foto: Staff Images / CBF

Esta decisão se tornou ainda mais forte internamente após a própria Esportes da Sorte, que patrocina o time feminino, virar alvo da operação “Integration”, da Polícia Civil de Pernambuco.

Dívida com a Crefisa perto do fim

O ano de 2024 não deve ser o último apenas da relação de patrocínio entre Palmeiras e Crefisa, mas também encerrará a dívida do clube com a patrocinadora pelo aporte na contratação de atletas.

O valor devido baixou da casa de R$ 10 milhões no início do segundo semestre. De acordo com o balancete de julho, o clube precisa pagar R$ 9,3 milhões para a empresa.

A projeção é que o valor seja quitado até o fim deste ano – em julho, o clube devolveu pouco mais de R$ 2 milhões. Neste momento, a dívida já está zerada no passivo não circulante (a longo prazo), restando apenas no circulante (a curto prazo).

O débito chegou a atingir R$ 172,1 milhões no fim de 2019 e desde então vem reduzindo, porque o Palmeiras também não utiliza mais aportes da empresa para contratar reforços.

Além das vendas do atletas contratados com o aporte, o clube tem diminuído a dívida com os bônus pagos pela empresa após conquistas de títulos.

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