O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira, 30, o decreto que impõe uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros que chegam ao país. A medida passa a valer na sexta-feira, 1º de agosto.
A medida já havia sido anunciada no dia 9 de julho em uma carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificando medidas arbitrárias do Supremo Tribunal Federal (STF) e alegando uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde então, o governo brasileiro tem tentado negociar uma alternativa, mas os contatos foram ignorados pela Casa Branca.
Em nota, a Casa Branca afirmou que a medida defende interesses de empresas americanas e acusa o Brasil de tomar ações incomuns, além de atentar contra o direito de liberdade de expressão contra os cidadãos dos EUA. A carta ainda cita Bolsonaro e afirma haver perseguição contra o ex-presidente.
“Estabelece uma tarifa adicional de 40% para lidar com as políticas e ações incomuns e extraordinárias do Governo do Brasil que prejudicam empresas dos EUA, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, a política externa dos EUA e a economia dos EUA”, afirma.
“A Ordem considera que a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivados pelo Governo do Brasil contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores são graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”, completa o documento.
Trump também cita restrições impostas às plataformas digitais americanas e o processo por tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como outros motivos para a tarifa de 50%.
As autoridades norte-americanas ainda abriram investigação contra o Pix por considerarem possível prática “desleal” de mercado, o que prejudicaria as bandeiras de máquinas de crédito estadunidense Visa e MasterCard, além do Whatsapp Pay, da gigante da tecnologia Meta.

