Uma operação da Polícia Civil realizada nesta terça-feira (19) em Rodrigues Alves, interior do Acre, terminou com a prisão e o ferimento por arma de fogo de Eliabis dos Santos Oliveira, de 27 anos. A ação, no entanto, está sendo contestada pela família do acusado, que a considera ilegal e violenta.
Segundo o delegado Marcílio Laurentino, titular da unidade de Rodrigues Alves, Eliabis é conhecido da corporação por envolvimento com organização criminosa e já possui antecedentes, inclusive com inquérito na Vara Criminal de Rio Branco. Laurentino afirma que a operação tinha como alvo um homem com mandado de prisão. Ao cumprir também um mandado de busca na residência, os policiais encontraram dois indivíduos — um foi imobilizado e o outro, identificado como Eliabis, teria fugido, jogado o celular fora e desobedecido à ordem de parada.
“Ele reagiu à prisão, desobedeceu à ordem de parada. Já é um velho conhecido da polícia. Possivelmente ele tinha muita coisa no celular, tentou se desfazer, mas conseguimos recuperar o aparelho”, declarou o delegado ao portal ac24horas. Eliabis será autuado por desobediência e resistência. A polícia também encontrou apetrechos relacionados ao tráfico de drogas na casa, embora não tenha localizado entorpecentes.
Laurentino informou que os policiais envolvidos na ação serão ouvidos nesta quarta-feira (20) para esclarecer os detalhes do disparo que atingiu Eliabis.
Por outro lado, Camila dos Santos Oliveira, irmã de Eliabis, contesta a versão oficial. Ela afirma que não houve troca de tiros e que o irmão foi baleado pelas costas enquanto estava na casa de um homem que já havia sido preso. “Eles tinham ido atrás de um rapaz e aí o meu irmão estava na hora. Aí eles foram e atiraram nele por trás, nas costas. Nós vamos entrar na justiça contra esse policial que bateu bastante nele”, disse Camila.
Além disso, a irmã nega que Eliabis seja foragido e afirma que ele foi agredido mesmo após estar ferido. Atualmente, Eliabis está internado no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e pode passar por cirurgia devido à gravidade do ferimento.
A divergência entre as versões da polícia e da família levanta questionamentos sobre a legalidade e a condução da operação. A Polícia Civil promete apurar os fatos, enquanto os familiares de Eliabis indicam que buscarão medidas judiciais contra os agentes envolvidos.

