O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, não irá comparecer à Assembleia Legislativa (Aleac) nesta quarta-feira (12), data em que estava convocado para dar explicações sobre o caso do bebê que foi dado como morto, mas voltou a apresentar sinais vitais momentos antes do sepultamento, em Rio Branco.
Na semana passada, na quinta-feira (6), o gestor encaminhou um documento à Aleac informando que não poderia comparecer por já ter outro compromisso agendado no mesmo horário, sem detalhar qual seria a atividade.
Apurações indicam que Pascoal integra a comitiva de autoridades acreanas que viajou a Belém (PA) para participar de atividades paralelas à COP30. Ele é um dos convidados de uma mesa-redonda sobre inovação digital e descarbonização, promovida nesta terça-feira (11) pela Folha de S.Paulo.
A convocação do secretário havia sido aprovada de forma unânime no dia 29 de outubro, por iniciativa do deputado estadual Adailton Cruz (PSB), que reafirmou que continuará cobrando a presença de Pascoal. “Vou sentar com a comissão ainda esta semana para definirmos uma nova data e comunicarmos ao secretário”, declarou o parlamentar.
Também está previsto que Simone Prado, gerente-geral da Maternidade Bárbara Heliodora, seja ouvida pela Comissão de Saúde e Assistência Social. Ela deverá explicar como um recém-nascido que ainda apresentava sinais de vida acabou sendo encaminhado ao necrotério, colocado em um caixão e levado ao cemitério.
O bebê, prematuro de apenas cinco meses, havia sido declarado morto na maternidade e colocado em um saco plástico, permanecendo assim por horas. Antes do sepultamento no cemitério Morada da Paz, ele voltou a mostrar sinais vitais, mas acabou falecendo posteriormente.
O caso gerou grande repercussão e levou o governador Gladson Cameli (PP) a exonerar a gerente administrativa da unidade, Tatiana Almeida Benvido Bastos. A Polícia Civil segue investigando o episódio.

