A servidora pública Dagma Castelo se obrigou a acompanhar o filho autista, Gabriel, na sala de aula, pela falta de um profissional mediador em uma escola pública estadual no município de Xapuri, interior do Acre.
Segundo a mãe, Gabriel já está há três semanas sem acompanhamento, e para não prejudicar o ano letivo do menino, decidiu ela mesma ser sua mediadora durante as aulas.
A lei federal 12.764/12, complementada pelo Decreto 8.368/14, determina que a atuação do acompanhante especializado é obrigatória quando o autista apresenta dificuldades nas atividades escolares desenvolvidas, cabendo ao profissional ministrar e intervir sempre que surgirem necessidades próprias no âmbito escolar.
A coordenação da pasta em Xapuri esclareceu que, no último processo seletivo simplificado, não houve vagas para mediador, e que não está autorizada a contratar um profissional especificamente para Gabriel.
O governo reconheceu o problema e assegurou que, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), solucionará o caso.
A SEE, no entanto, afirmou que todo o cadastro de reserva já foi convocado para a escola, mas que buscará, no quadro de professores existente, uma forma de garantir aulas complementares para o aluno.
- Com informações do AC24horas.