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quarta-feira, abril 24, 2024

O ensino superior brasileiro está refém da milícia do presidente, artigo de Cesário Braga

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Os cortes no orçamento das instituições de ensino superior, anunciados pelo presidente Bolsonaro e coordenados pelo ministro Paulo Guedes, cuja a irmã Elizabeth Guedes é vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), são um escárnio.

Bolsonaro, por meio de seu ministro da Educação em audiência no Senado, tornou a situação ainda mais perversa, quando informou que o que houve com que o orçamento das instituições federais de ensino não foram cortes, mas contingenciamento de recursos. Segundo ele, esse contingenciamento poderá ser revisto caso a reforma da previdência seja aprovada.

Declaração digna de um canalha, uma das mais absurdas já feitas pelo governo Bolsonaro. Não passa de uma estratégia de milícias, que costumam cobrar de moradores e comerciantes das periferias uma taxa de segurança, para mantê-los “seguros” da própria milícia, cujo o pagamento da taxa não garante de fato segurança.

Utilizar a educação pública como refém para aprovar o fim das aposentadorias, desconstitucionalizar o tema e entregar, através da capitalização, para os bancos privados dos fundos de aposentadoria, é uma atitude criminosa!

Como se não bastasse o ataque direto ao ensino, estendeu essa ação a pesquisa, bloqueando indiscriminadamente todas as bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Como venho dizendo, a estratégia não é apenas entregar os recursos naturais brasileiros ao capital, vender as estatais e destruir as empresas e indústrias nacionais, e destruir todos os direitos trabalhistas, mas ela inclui acabar com todo o conhecimento da população e a possibilidade de obtê-lo, fazendo do povo brasileiro um exército de mão de obra barata e sem qualificação para conduzir o povo, novamente, à condição de escravos.

Cesário Campelo Braga

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